Mais um ano está chegando ao fim, e já são sete de joaninhas. 2015 foi muito forte, e só posso continuar agradecido por poder contar com vocês. Foi intenso em eventos, eles estão se espalhando pelo país! Gostaria de me fazer a pergunta clássica “Será que agora o mercado de quadrinhos vai pra frente?”, mas a pergunta que me vem na verdade está mais para: será que o país vai pra frente? Num país que não investe em educação, como queremos ter um público leitor forte? Como autor, acredito que nossa parte é produzir conteúdo de qualidade, para vocês voltarem e ler mais. Escrevi um artigo pro Catarse sobre isso, dá uma lida nele aqui.
Mas os eventos estão realmente fazendo a diferença pra gente na formação de público! Para vocês terem uma ideia, este ano eu fui em nada mais nada menos do que 12 eventos! Isso mesmo, DOZE, um por mês. Quando as pessoas têm mais chance de ter contato com nosso trabalho, mais chance temos com elas também. Inclusive, fica uma convocação pros autores: precisa ir nos eventos. A presença do autor é fundamental, é isso que faz a diferença.
Bom, chega de enrolar, vamos à clássica retrospectiva do ano. (Pra ver a de 2014, clica aqui)
De março até Maio fiz meu segundo projeto no Catarse, o Ciclanos e Ciclanas. São 50 tiras minhas reinterpretadas por 50 artistas; é a continuação do Fulanos e Fulanas que lancei de forma independente ano passado, que conta com outros 50 artistas. Então, já são 100 nessa coleção. Eu estava com medo de não conseguir manter a qualidade, mas arrisco dizer que consegui até aumentar ela… dessa vez, o prefácio foi feito pelo Fernando Gonsales (Níquel e Náusea) e a última tira do livro foi desenhada por ninguém menos que Lourenço Mutarelli. Ah, e teaser, estou preparando o fechamento da coleção, o Beltranos e Beltranas, com novos 50 artistas.
Foram dois meses de muito trabalho. Rendeu algumas entrevistas bacanas, e tive bastante apoio de sites especializados. Foi uma campanha de divulgação muito planejada, mas mesmo assim senti mais dificuldade do que no Tudo Já Foi Dito para atingir um resultado bacana. Deve ser porque peguei a crista da crise, foi o mês em que a mídia mais nos despejou apocalipses.
Vou deixar os links todos pro final. Aqui, deixo uma conversa que tive com o Load, e que gostei bastante:
https://www.youtube.com/watch?v=mCanrD3uTlg
Durante abril, rolou o já tradicional Concurso das Joaninhas, sétima edição. O vencedor foi o Marcos Noel, e a tira dele saiu na Revista MAD. Confere o Concurso aqui. Foi em abril também que chegou o Tangram 3 (um outro universo que criei, de super-heróis), e aproveitei para levar ele no primeiro evento do ano, o AGE, que aconteceu em Campinas. Em maio fui num outro evento, o Livros em Pauta.
Em julho começou a bateria de eventos. Fui no Anime Friends e no Fest Comix; o Anime Friends acontece em dois finais de semana, e um deles coincidiu com o Fest Comix. Assim, enquanto eu estava no Fest, o Aureo Henrique (desenhista do Tangram) estava no AnimeFriends. Foi uma loucura.
No primeiro final de semana de agosto fui para Porto Alegre, onde aconteceu a Parada Gráfica, um evento que não é focado apenas em quadrinhos, mas também em zines e publicações independentes em geral. O lançamento do Ciclanos e Ciclanas aconteceu nesse mês também.
A premiação HQ Mix aconteceu em setembro no Sesc Pompeia, e dei um pulo por lá para ver meus amigos sendo reconhecidos por seu trabalho. Também em setembro aconteceu o UGRA Zine Fest, um evento de material independente organizado pelo pessoal gente boníssma da UGRA (eles abriram uma loja física na Augusta, inclusive). Em setembro fui entrevistado pelo Ser ou Não Sei:
Em outubro fui na Santos ComicExpo, muito bem organizada. No primeiro sábado de novembro, fui na Feira Miolos, que foi muito boa também, é organizada pelo pessoal da editora Lote42 – foi a segunda edição do evento e de novo acertaram a mão. Na sequência, fui para o FIQ, em BH, que estava com um novo layout, privilegiando os artistas no centro, ficou muito legal. Apesar do calor insano, o ambiente é acolhedor demais com a gente. É impossível voltar sem estar moído, mas também é difícil voltar sem estar feliz. O preço do açaí ajuda nisso, haha! No final do mês fui convidado para expor meu trabalho no Festival Lollo Terra, um festival de música que acontece em São Miguel Arcanjo.
Sem ter tempo para descanso, o final de semana seguinte foi o da ComicCon Experience (CCXP), o maior evento do ano, do país, do continente…. todo mundo vendeu muito. O espaço dobrou de tamanho em relação ao ano passado, mas o público acompanhou e ultrapassou essa mudança. Sério, foi incrível, bom demais. Fechei o ano no Ressaca Friends, que aconteceu no último final de semana antes do Natal. Ufa, rs.
Em dezembro, inclusive, chegou o Tangram 4, a tempo de levar no último evento que fui. Foram 3 livros publicados, e 12 eventos frequentados. Tá quase virando um trabalho essa coisa de quadrinhos! Opa, brincadeira, eu levo essa parada toda bem a sério já faz tempo.
Antes de me despedir, joaninhas na mídia:
- Entrevista bacana no SplashPages
- Projeto do Catarse citado no BrasilPost
- Compartilhado pelo Cabine Literária
- Incentivado pelo Universo HQ
- Pautado duas vezes no Caneta e Café (1) e (2)
- Encorajado no Impulso HQ
- No Sopradores de Cartucho
- Divulgado pelo Marcos Vellasco
- E até mesmo twittado pelo Judão
- Ah, o projeto foi indicado ainda na Revista Mundo dos Super-Heróis, edição de abril
- E a Malena andou indicando o Tudo Já Foi Dito no canal dela (à partir dos 6 minutos)
É isso. Obrigado pela companhia. Estou preparando muitas coisas para o ano que vem, espero que interesse vocês, e que supra uma possível expectativa criada, rs. Tudo é expectativa e seu debate com a realidade percebida. Ui, essa frase talvez dê uma tira. Abraços de joaninha procês!
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