Pessoal, nosso projeto já está aprovado!!
“Mas como assim, que projeto?”
Pois é. A correria tá tão grande que ainda não tinha conseguido escrever aqui. No final de outubro, comecei a bolar um novo projeto, o Tudo Já Foi Dito. O que fazer quando tudo parece já ter sido feito?
Eu sei, é bastante pretencioso querer abordar esse assunto, ou chegar perto de uma resposta para isso. O mais importante, no entanto, é a oportunidade de levar você junto nessa jornada.
Escrevi um roteiro e percebi que ele não funcionaria se fosse apenas “feito”. Ele precisava ter algo diferente, e a resposta veio de minha infância e de amigos do hoje. Um grupo estava me pedindo um roteiro de joaninha para eles desenharem uma página cada um – seria algo curto, apenas como exercício. Lembrei de 1998, quando comprei uma história na banca que prometia, não pelo enredo (O Casamento do Super-Homem), mas pela sua proposta: eram 30 desenhistas diferentes fazendo aquela HQ. Me frustrei com o resultado, mas a ideia de um monte de gente desenhando a mesma história me acompanhou ao longo dos anos.
Era exatamente isso que meu roteiro exigia: ser desenhado por várias pessoas diferentes. Ser imaginado por diversas cabeças, manipulado por diversas mãos, interpretado por diferentes vidas. Assim, minha pré-narrativa de uma jornada seria contada com o auxílio da busca pessoal de cada um dos artistas que convidei.
Junto com essa proposta, a maneira de viabilizar o projeto me pareceu muito lógica: colocá-lo no Catarse não apenas como instrumento financeiro, mas também como forma de cravar a sua biografia, leitor, nessa jornada.
Tudo está sendo uma grande aposta. Chamo o roteiro de uma “não-história” por ele não seguir os passos estruturais de uma narrativa tradicional (não a rigor, mas aqui é Brasil, e toda análise pode dar um jeitinho também). A cada virada de página, toda a arte muda, os únicos elementos fixos são a presença de um discípulo e um Mestre (ambos joaninhas!). Eu estava com medo de ser uma proposta um pouco estranha demais, difícil de ser lida, difícil de ser realizada, mas tenho que confessar que tudo tem acontecido de maneira tão orgânica que surpreende.
O texto que escrevi cresceu um milhão de vezes, ficou muito melhor do que se tivesse ficado preso apenas ao meu imaginário. Ele foi expandido dentro da cabeça de mais 18 pessoas, e pude ver a inteligência coletiva que o Lévy tanto fala acontecer frente aos meus olhos.
No prefácio, 3 palavras mudaram o entendimento que eu mesmo tinha do projeto: “o sonho do mestre”. Tirar o Mestre do plano físico é algo que eu aprendi nesta caminhada. Colocá-lo em um plano arquetípico, como um anseio fundamental. “O Mestre acontece no entre”, o autor do prefácio me explicou quando conversei sobre o assunto; e aí fechei o ciclo entendendo que o Mestre não é, ele acontece. Ele não fica, ele está. É um movimento transitório. Você não pode nunca se tornar um Mestre – deve sempre se esforçar para agir como um e, assim, levará o Mestre dentro de si.
Do que a gente tava falando mesmo? Desculpe, divaguei. Assim têm sido esses dias, muito instrutivos. Tenho medo de esse ser o melhor projeto que eu vá conseguir fazer em minha vida! Não que eu tenha escrito um texto de outro mundo, que seja genial ou algo assim. Não. Mas está tudo tão orgânico, conceitualmente consistente e bacana na prática que fico com medo de não conseguir dar um passo adiante disso no próximo livro que for publicar. Eita medo bom.
Parafraseando a mim mesmo, tudo já foi dito. Vai lá e conhece o projeto. Apoie. Divulgue. Dá uma olhada boa nas recompensas, foi tudo preparado com carinho. E, novamente, obrigado pela oportunidade de poder levar tudo isso adiante.
Tá esperando o quê? Conhece lá!
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